22 dezembro 2019

Rasbora vaterifloris


Originária do Sri Lanka e atingindo uns 4 cm de comprimento é um peixinho ideal para aquários plantados, na natureza existe uma característica interessante, os peixes encontrados nos rios Valallavites e Meegahatenne são predominantemente vermelhos, enquanto os encontrados nos rios Gilimale e Kaluganga são verdes.

Ao redor dos olhos eles apresentam uma coloração laranja bem forte, os machos possuem um colorido mais forte e se destacam das fêmeas também pelo corpo mais fino.

São peixes onívoros, mas procure oferecer com regularidade alimentos vivos, como artêmias, túbifex, dáfnias, etc, o aquário ideal deve ter muitas plantas e substrato escuro para que a coloração do peixe se destaque, coloque algumas plantas flutuantes, raízes ou galhos para que o peixe se sinta mais confortável.

A filtragem deve ser média, pois o peixe vem de ambiente de águas calmas e uma agitação muito forte irá ser danosa para o animal, faça trocas periódicas de água para que o peixe possa se adaptar com facilidade.

As condições ideais são: Temperatura 23° a 27°C, PH 5.5 a 7.0, DH 18 a 143 ppm. Deve ser criado juntamente com outras espécies de Rasboras ou pequenos Barbos, vive em cardumes, por isto tenha no mínimo uns 10 exemplares em seu aquário.

É um peixe que dissemina os ovos na natureza não cuidando da prole, para se conseguir em aquário, é necessário um ambiente calmo, filtragem fraca, muitas plantas flutuantes com longas raízes, para que o peixe possa depositar seus ovos e os mesmos ficarem protegidos.

Segundo alguns criadores a eclosão ocorre em até 48 hs, os alevinos crescem lentamente e demoram alguns meses para atingir a maturidade.




10 dezembro 2019

Cardamine lyrata


Para ser sincero, eu achava esta planta um tanto sem graça, até que um dia me deparei com um aquário plantado onde ela ocupava um lugar de grande destaque na montagem e desde então eu mudei de percepção em relação a esta belíssima planta.

Originária da Ásia, pertencente a família Brassicaceae a Cardamine lyrata é uma planta bem versátil na montagem de ambientes, podendo ser plantada entre as rochas, troncos, outras plantas e até ser usada como carpete.

Plantada entre rochas e troncos ela cria um efeito muito bonito, atingindo até 50cm de comprimento ela irá se espalhar por todo o aquário caso o ambiente esteja de acordo as suas necessidades.

Tolera PH de 6 a 8, DH 4 – 20, temperatura de 15 a 24°C, iluminação de média a forte, adicione CO² para melhor desenvolvimento. Com iluminação forte ela tende a ficar baixa, criando arbustos muito bonitos.

De fácil manutenção, com um pouco de experiência o aquarista terá ótimos resultados com esta bela planta.

25 novembro 2019

Peixes fluorescentes


Em agosto deste ano vi uma matéria sobre peixes fluorescentes e resolvi pesquisar esta, na minha opinião, aberração.

Descobri que os cientistas inserem proteínas fluorescentes de organismos marinhos nos genes dos peixes e através de inúmeros cruzamentos chegaram a esta característica um tanto bizarra.

Os primeiros peixes que passaram por esta transformação foram os Danio rerio, eles tiveram além da fluorescência a cor também alterada, segundo os cientistas esta característica faz muito sucesso com as crianças e estes peixes são usados na introdução de novos entusiastas no hobby.

Hoje muitas outras espécies já são usadas neste processo, como o Gymnocorymbus ternetzi, Epalzeorhynchos frenatum e Puntigrus tetrazona. Segundo os criadores todo o processo é supervisionado e autorizado pelo FDA, a agência americana que é equivalente à nossa ANVISA.

O processo de criação destes animais começou na empresa 5-D Tropical Inc, que mantem a patente da criação destes peixes, eu sou muito puritano, e não curti muito estes peixes, porem existem aquaristas que curtem aquários diferentes e agora e tem mais esta opção.

Ainda não vi estes animais sendo comercializado no Brasil, mas acredito que é questão de tempo para que eles cheguem ao nosso mercado, mas falando sério, temos tantas opções belíssimas aqui em nosso pais, que não precisamos de peixes modificados geneticamente né?


11 novembro 2019

Como manter a qualidade da água do aquário

 No inicio do hobby geralmente não somos apresentados aos aspectos físicos-químicos do aquário, raramente um novo aquarista tem a noção da importância de monitorar os níveis de PH, DH, Nitritos, Nitratos, etc.


Muitas perdas de peixes em nossos aquários se dão devido a falta de observação destes itens tão importantes, as vezes queremos criar aquele belo Nannostomus beckfordi, PH 6,8 em um aquário junto com Poecilia reticulata, PH 7.0.

Alguns até conseguem mante-los juntos, mas a saúde do animal será afetada devido as diferenças físicos-químicas da água, isto reduzirá sensivelmente o tempo de vida do peixe, além de causar a ele um estresse desnecessário.

Antes de iniciar um aquário novo, você deve pesquisar os tipos de peixe que pretende criar, verificar se são compatíveis no comportamento, tamanho, ambiente, etc. depois do aquário já montado, as medições dos parâmetros físicos-químicos devem ser semanais, PH, DH, Amônia, Nitritos, Nitratos, etc.

A escala de PH começa do 0 ao 14, o PH 7 é considerado neutro, acima disto alcalino e abaixo ácido, pequenas mudanças no PH podem trazer efeitos significativos nas condições químicas do aquário.

A medição do DH (dureza geral) é importante pois temos alguns peixes que são sensíveis a altos índices de DH, por exemplo, Symphysodon discus que deve ser mantido em água mole e ácida, já os ciclídeos africanos, por exemplo, Aulonocara nyassae devem ser mantidos em água bem dura e PH alcalino.

Hoje existem diversos testes que te darão os dados com total segurança e também existe mídias criadas para auxiliar na eliminação de Amônia, Nitritos, etc.

O desequilíbrio é a principal causa de mortes, excesso de algas, doenças nos peixes e plantas, etc. fique atento e busque se informar sobre as melhores condições para seus animais, sabemos que para adquirir alguns peixes, o aquarista faz um alto investimento e perde-lo de forma tão banal não será nada agradável.

A presença de amônia em nossos aquários deve ser 0, ela é altamente toxica e pode acabar com a vida no ambiente caso não seja eliminada.

A amônia é o resultado da ação das bactérias decompositoras que estão presentes nos restos de alimentos e outros dejetos, quanto maior for o resto destes itens no aquário, maior será o nível de amônia, veja como é importante a alimentação na quantidade correta e também a quantidade de peixes em nossos ambientes!

Invista em um bom sistema de filtragem e mídias de qualidade para garantir um ótimo resultado, procure um filtro que seja 4x mais do que a capacidade do seu aquário.

Evitando a superpopulação e alimentação em excesso, faça trocas parciais semanalmente, assim você poderá controlar mais facilmente estes elementos e com um bom teste saberá manter sua água em perfeito equilíbrio, garantindo uma vida saudável aos seus peixes.

28 outubro 2019

Panaque bathyphilus


Este lindo Pleco encontrado na região da Amazônia brasileira é mais um que encanta qualquer aquarista entusiasta da espécie, pacifico com outras espécies, mas territorial com outros Panaque, deve habitar em aquários de grande porte, já que atinge uns 40cm de comprimento.

Na natureza, habita em locais de correnteza onde fica preso com sua poderosa boca nas rochas e troncos, o aquário deve ter bastante tocas para que o animal se sinta à vontade, coloque troncos também pois o peixe retira da madeira nutrientes importantes para ele.

As condições do ambiente devem ter PH 6.0 a 7.0, DH 2 a 12°, temperatura entre 21º a 24º C, substrato de areia fina sem a presença de pedras cortantes para não ferir o peixe.

Ofereça alimentos frescos sempre que possível, como pedaços de carne ou tubifex, alimentos em gel especial para peixes de fundo, algumas frutas e legumes também são apreciados pelo animal.

O Panaque bathyphilus L090 é uma espécie que não costuma aparecer com frequência nas lojas de aquário, é um peixe que vive em áreas escuras e profundas do rio Maranon e médio Solimões, por isso o aquário deve ter iluminação fraca e como já foi dito acima, bastante esconderijos, o peixe não possui a proteção nos olhos que é comum em alguns Plecos, por isto é importante observar a questão da iluminação.

Na natureza é encontrado dois tipos de P. bathyphilus um pigmentado e outro sem nenhuma pigmentação, isto devido ao habitat do peixe, alguns são encontrados em locais onde a luz penetra, já outros são encontrados em locais profundos onde não chega a luz do sol e assim não é necessário a pigmentação na pele.

O peixe também tem um grande filamento na cauda, que é uma adaptação importante para o animal, pois através dele o peixe consegue sentir os objetos ao seu redor. 


15 outubro 2019

Lithoxus sp - L52


O mundo dos Plecos possui espécies lindas e com aparência bem exótica, encontrados praticamente em todo o Brasil e vizinhos eles possuem grande poder de atração e existem aquaristas no mundo todo que se dedicam a criar e reproduzir estes belíssimos peixes.

O Lithoxus sp é uma espécie rara e dificilmente é encontrada nas lojas de aquarismo, atinge cerca de 12cm de comprimento e é encontrado na bacia do rio Orinoco na Venezuela.

O aquário para o peixe deve conter troncos e raízes formando grutas para que a espécie se sinta mais protegida, já que gosta de ficar escondido durante o dia, a iluminação do aquário deve ser moderada, PH 5.8 a 6.8 e temperatura de 24ºC a 27ºC.

É indispensável a troca parcial da água do aquário para evitar o acumulo de compostos nitrogenados que podem afetar a saúde do animal.

Para os amantes dos Plecos é uma espécie que não pode faltar, sua alimentação deve ser efetuada com alimentos próprios para peixes do tipo, como vegetais, larvas de inseto, etc.

A reprodução é desconhecida, alguns criadores relatam que o peixe cria cavernas onde deposita seus ovos que podem chegar a uns 120 ovos, que eclodem em cerca de 10 dias.

02 outubro 2019

Tylamelania Mania


A Indonésia é um dos países mais ricos em biodiversidade do planeta, formado por diversas ilhas, possui uma fauna e flora impressionantes, a ilha de Sulawesi é o lar de criaturas fantásticas, hoje vamos apresentar para você um destes moradores ilustres.

O caracol Tylomelania Mania é um animal interessante, conhecido popularmente como “rabbit snail” devido sua característica forma de se locomover dando pequenos saltos no substrato, ele chega a uns 7cm de comprimento o que é bem mais que muitos caracóis encontrados no ramo aquarístico.

No aquário o T. Mania é considerado uma verdadeira joia, são ativos e estão sempre em busca de alimentos, comendo vorazmente tudo que encontra pela frente, algas, sobras de alimentos, etc, você deve oferecer ao peixe alimentos como espirulina, legumes frescos e pequenos pedaços de carne.

Como são animais de grande porte, o aquário deve ter um amplo espaço para sua locomoção, evite substrato com pedras perfurantes para não machucar o animal, ocasionalmente ele poderá comer algumas plantas do aquário, por isto procure mante-los sempre bem alimentados.

São pacíficos, mas evite deixa-los com peixes velozes que poderão ser competidores vorazes na alimentação, o aquário ideal para manter este animal deve ter as seguintes condições: temperatura entre 26 a 30ºC, ele tolera água quente confortavelmente, PH de 7,5 a 8.0, nunca os deixe em águas ácidas, isto irá destruir sua carapaça e matar o animal.

É extremamente sensível ao cobre, tenha cuidado com a adição de medicamentos no aquário e também de fertilizantes para as plantas, observe sempre as bulas dos remédios para evitar perder seus animais.

São animais de fácil reprodução em aquários, tendo as condições ideais talvez você consiga este objetivo, segundo alguns criadores, os filhotes nascidos em cativeiro são mais coloridos que os selvagens e também mais ativos.

Ainda existe outros belíssimos animais que podem povoar o aquário dos amantes desta espécie:

Orange Rabbit snail – Tylomelania gemmifera;
Mini Golden Rabbit snail – Tylomelania zemis;
Yellow Rabbit snail – Tylomelania sarasinorum;
Chocolate Rabbit snail – Tylomelania perfecta;
Dwarf Black Rabbit snail – Tylomelania sp;
White Spotted Towuti Rabbit snail – Tylomelania towutensis;
Triangle Rabbit snail – Tylomelania sinabartfeldi.

São animais belíssimos que chamarão á atenção de qualquer um ao observar o aquário, se você deseja ter um animal que surpreenda é só escolher o seu, mas lembre-se, como todo animal exótico, NUNCA libere-o na natureza. 




15 setembro 2019

Criando uma rotina de trabalho

Sabemos que para ter um aquário bonito, como vemos nos concursos mundo afora, é necessário muito investimento e cuidados, mas você também pode ter um aquário lindo se manter uma rotina de trabalho simples e com pouco investimento.

As tarefas de limpeza do aquário irão garantir um ambiente equilibrado e saudável, evitando o surgimento de doenças e outros males.

Mas como criar uma rotina para que seus tanques fiquem sempre saudáveis? Vamos ver abaixo uma tabela com algumas dicas que poderão te ajudar, não é uma regra, é apenas um facilitador para você montar sua própria rotina de cuidados.

Diariamente
Semanalmente
Mensalmente
Checar a temperatura, verificar se houve oscilações que podem ser prejudiciais aos peixes;
Fazer as verificações de PH, DH, KH, etc.
Fazer uma troca parcial de 25% a 30%, limpeza das pedras e troncos retirando o excesso de algas e recolher folhas mortas;
Durante a alimentação, verificar a desenvoltura dos peixes ao comer, assim você poderá identificar possíveis animais doentes;
Fazer as trocas parciais de 10 a 20% e as verificações de PH, DH, KH, temperatura, etc.
Fertilizar as plantas;
Fazer as fertilizações das raízes das plantas enterrando as capsulas no solo;
Verificar as luzes, timers, conexões em geral, CO² e outros equipamentos;
Verificar alguma anomalia no comportamento dos peixes e outros, retirar as folhas mortas e limpar vidros e outros objetos do excesso de algas;
Verificar se o sistema de filtragem não está saturado, caso esteja, proceder a limpeza do mesmo trocando as mídias de filtragem e lavando as cerâmicas, sempre com a água do aquário;
Verificar se o sistema de filtros está trabalhando normalmente, com suas saídas e entradas livres.
Sifonar o substrato para recolher o excesso de alimento e outros detritos ali depositados.
Verificar a validade dos testes e dos alimentos oferecidos aos peixes.

Esta simples rotina poderá ser útil para você criar um hábito de verificação continua dos seus aquários, muitas doenças e outros males poderão ser evitados quando descobertos no inicio evitando a propagação e a contaminação de outros peixes.

Ações preventivas são mais importantes que as ações corretivas, pois nas ações corretivas podemos sofrer perdas e danos que levarão tempo para reequilibrar o ambiente novamente.

O aquarismo, assim como qualquer outro hobby, deve ser encarado com seriedade e responsabilidade, pois você lidará com animais vivos, que necessitarão de cuidados e atenção.

31 agosto 2019

Arraias de água doce


No meio aquarístico temos diversos aficionados que possuem os mais variados estilos e curtem as mais variadas formas de aquarismo, seja aquário plantado, marinho, jumbo, exóticos, etc.

Hoje quero falar aos amantes das Arraias, ou Stingrays como são chamadas em inglês, são animais fantásticos e belíssimos, porem o aquarista deve ter muito conhecimento para manter estes animais saudáveis.

O Brasil possui diversos tipos de arraias de água doce, algumas são comercializadas em lojas especializadas, porem não são muito comuns de se encontrar, talvez devido a falta de entusiastas e a falta de informação que afasta os aquaristas destes magníficos peixes.

O gênero mais comum encontrado é o Potamotrygon, e alguns dentre eles são os mais criados pelos aquaristas ao redor do mundo, são eles: P. henlei, P. leopoldi, P. jabuti, P. motoro, P. hystrix e P. scobina.

Existem entusiastas que buscam apenas animais selvagens e outros preferem os de cativeiro, assim podem preservar a espécie na natureza, a criação em cativeiro produziu diversas espécies hibridas, ou seja, misturadas, assim conseguiram padrões únicos que não são encontrados na natureza.

Para criar este peixe em aquário, é necessário observar 3 pontos importantes, que são: tamanho do aquário, alimentação e filtragem do aquário. São animais grandes, por isto o tamanho do aquário é importante para que o animal tenha espaço suficiente para nadar sem riscos de se ferir.

O substrato deve conter apenas areia fina, evite pedras com arestas pois irão ferir o peixe e abrir passagem para infecções e outras doenças, é necessário prestar o máximo cuidado com a qualidade da água, o animal é extremamente sensível a amônia, nitrito e nitratos presentes na água.

As arraias necessitam de água quase pura e você poderá perde-las caso haja algum desiquilíbrio no aquário, faça trocas periódicas de 50 a 75% de água, duas vezes por semana, o PH deve estar cerca de 6,8 a 7,6, temperatura de 26 a 28ºc.

Outro ponto a ser observado é a filtragem, você deve ter um filtro que seja eficaz e que tenha a capacidade de filtragem 4X mais que a litragem do aquário, utilize também um filtro UV para manter a água esterilizada e límpida.


A alimentação em cativeiro é importante para a saúde do animal, os alimentos podem ser congelados, como camarões, peixes, krill, etc não aceitam alimentos industrializados então você deverá pesar os prós e contras caso tenha interesse em manter este lindo animal que podem chegar facilmente aos 15 anos de vida.

17 agosto 2019

Desmopuntius rhomboocellatus – Barbo pele de cobra


A família Cyprinidae possui dentre suas mais diversas jóias um peixe que é incrível pela sua aparência, o Barbo pele de cobra.

O Desmopuntius rhomboocellatus é um peixe pacifico e gregário, chegando aos 5cm de comprimento e de temperamento pacifico ele gosta de viver em pequenos cardumes e em ambiente com plantas e temperatura tropical.

Encontrado na região de Bornéu em locais de águas escuras, onde as águas possuem um PH baixo, cerca de 4.0 e com muitas folhas caídas e troncos, então para deixar o peixe mais a vontade, procure recriar este ambiente.

Apresenta marcas em forma de losango em seu corpo muito parecido com pele de cobra, a base do corpo é alaranjada e com barras verticais verdes.

É onívoro, na natureza come insetos e minhocas, por isto não deixe de oferecer alimentos vivos para o peixe, dificilmente se reproduzem em aquários, mas você pode tentar.

Para destacar o peixe escolha um substrato escuro, iluminação fraca e muitas plantas, infelizmente não é muito comum nas lojas brasileiras, mas se você encontrar, vale a pena cria-lo.



29 julho 2019

Bactérias nitrificantes


A filtragem biológica é um dos aspectos mais importantes na manutenção da vida aquática em nossos aquários, geralmente no inicio do hobby muitos aquaristas desistem, porque ao não conhecer os aspectos físicos e químicos do aquário, perdem uma quantidade grande de peixes o que os levam a desistência devido a frustração.

Segundo pesquisas 60% dos peixes comprados no primeiro mês morrem e isto leva ao que chamamos de “síndrome do tanque novo”, porque isto ocorre? Bem os peixes são envenenados pelos altos níveis de amônia (NH3) que é produzida pela mineralização dos dejetos dos peixes, excesso de alimentação entre outros.

Os efeitos no peixe são: dano nos tecidos como brânquias e rins, desequilíbrio físico, perda da resistência, falta de apetite e morte.

O Nitrito (NO2) também é prejudicial pois envenena os peixes não permitindo que os glóbulos vermelhos troquem o oxigênio.

Para se ter sucesso no hobby o aquarista iniciante deve buscar informações, por isto na maioria das vezes o aquário é montado e após 30 ou 90 dias os peixes são acrescentados, assim todo o ciclo do nitrogênio é completado e os animais não sofrerão nenhum dano pois o aquário já estará biologicamente pronto.

As bactérias necessitam de algumas condições para se desenvolverem como a temperatura entre os 25ºC a 30ºC, são sensíveis a iluminação forte e radiação ultravioleta, por isto o uso destes filtros não é indicado.

Durante as trocas parciais você deve observar cuidadosamente a água que estará entrando no aquário, ela deve estar tratada com todos os parâmetros físicos e químicos, de forma a não comprometer o equilíbrio do aquário saudável e desta forma causar um desequilíbrio que pode ser fatal.

Evite a todo custo tratar os peixes doentes no aquário principal, sabemos que a maioria dos medicamentos podem matar a colônia inteira das bactérias nitrificantes, por isto, tenha sempre um aquário de quarentena para tratar os animais e plantas doentes.

15 julho 2019

Anableps anableps - Quatro olhos


Este com certeza está entre os peixes mais estranhos e bizarros que já vi, pertencente a família Anablepidae da ordem dos Cyprinodontiformes, é encontrado entre Trinidad e Tobago, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, delta do rio Parnaíba até a borda dos estados do Maranhão e Piauí.

Vive em manguezais de água salobra onde se adaptou para seguir o fluxo das marés, seus olhos de forma tão peculiar permitem que o animal visualize suas presas dentro ou fora d’água.

Vive em ambientes de estuários onde a temperatura gira em torno dos 28º C, PH de 7.0 a 9.0 pois nestes ambientes de água salobra a variação pode ocorrer para cima e para baixo com as mudanças de marés.

Na natureza atinge uns 30 cm, em aquários geralmente não passa dos 20 cm, deve ser mantido em um aquário grande, com um substrato bem parecido ao ambiente natural do peixe, ou seja, um manguezal, com muitos troncos e rochas, deixe alguns troncos expostos na superfície para dar uma aparência mais natural.

É um exímio saltador, por isso mantenha o aquário bem fechado, a iluminação deve ser moderada e você deve observar a salinidade da água mantendo entre 1005 e 1015.

É um peixe de difícil manutenção em aquários e só é indicado para aquaristas experientes, é carnívoro e na natureza se alimenta de peixes menores, caranguejos pequenos, insetos etc. por isto, sempre tenha alimentos vivos em sua dieta, como artêmias, minhocas, moscas, etc.

São peixes vivíparos, as fêmeas são maiores que os machos e sua reprodução é muito parecida com a dos poecilídeos. As fêmeas geram cerca de 10 filhotes que ao nascerem já estarão aptos para nadarem pelo ambiente.

É muito difícil de ser encontrado nas lojas de aquário, talvez pela dificuldade de se manter em cativeiro esta espécie tão peculiar.
  

30 junho 2019

Doenças das Cryptocorynes.


A podridão das criptocorines é muito conhecida e temida por quem cultiva estas magnificas plantas, infelizmente sabe-se pouco sobre o porque deste fenômeno que afeta estas plantas.


Geralmente a causa ligada a isto pode ser traumas durante o replantio, quando a planta sai de um ambiente estabilizado e entra em outro, mudança de iluminação, alto conteúdo de nitratos, mudanças bruscas no PH, DH, etc.

A podridão atingirá as folhas e chegará até o rizoma da planta, a recuperação pode levar vários dias ou até ser fatal, ocasionando a perda da planta.

Mas como evitar isto? Você deve observar com rigor as necessidades das condições físico/químicos da água, para que a planta não sinta a mudança de forma tão brusca.

Também deve retirar todas as folhas e raízes que apresentarem algum sintoma de podridão nas plantas recém adquiridas para evitar que atinja as folhas saudáveis, procure também fazer uma TPA regularmente e sempre observando os parâmetros físicos da água nova.

Existe no mercado um produto desenvolvido para evitar este problema que é o Stellacoryn®, ele é um produto que cuida das criptocorines e deve ser adicionado nas trocas parciais para controlar a doença e evitar sua propagação.

Existe também um parasita que danifica seriamente as plantas, ele é o Organothrips baudenii, este inseto deposita seus ovos dentro do caule das folhas através de um furo, lá as larvas se desenvolvem e irão danificar a planta de tal forma que você poderá perde-la em pouco tempo.

Geralmente o controle e eliminação desta praga é difícil, sendo que muitos optam por descartar a planta doente, o que dependendo da espécie que você adquiriu é uma perda muito grande.