Biotodoma wavrini

Encontrado nas regiões do rio Negro e partes da Colômbia e Venezuela, este lindo ciclídeo é um daqueles peixes que todo amante de aquarismo temático amazônico sonha em possuir.

Atinge uns 10 cm de comprimento, de comportamento pacifico e gregário, gosta de viver em PH 4.0 a 6.8, temperatura tropical e muitos troncos, na natureza vive em águas escuras e calmas, sendo encontrado principalmente em regiões inundadas.

É muito parecido com o B. cupido, que possui uma mancha acima da linha lateral do corpo, no B. wavrini, a mancha fica localizada abaixo ou sobre a linha lateral.

O aquário deve ter no mínimo uns 200 litros, substrato arenoso, raízes e iluminação fraca, o peixe se sentirá mais seguro em um ambiente sombreado e com muitas raízes.

O ideal é ter no mínimo uns 8 exemplares para evitar que os mais fracos sejam dominados e agredidos pelo peixe dominante, deixando de se alimentar e ficando sujeito a doenças e outros males.

É ovíparo, os casais após formado liberam ovos que ficam presos na superfície de plantas, pedras ou troncos, eclodem em até 48 hs e os pais os colocam em pequenas covas na areia, após uma semana já estarão nadando livremente sob o cuidado dos pais.

São onívoros e você observará eles abocanhando a areia do aquário onde irão filtrar em busca de alimento, por isto é importante oferecer alimentos que afundem e fiquem no substrato para que os peixes possam come-los ao vasculhar o solo, ofereça também artêmias e túbifex sempre que possível.

Fertilização das Plantas

Para quem possui aquário plantado sabe que a fertilização é parte fundamental no cuidado com as plantas, além de fertilizantes líquidos que são necessários para muitas espécies, existe também a necessidade de fertilização das raízes para que as plantas se mantenham belas e exuberantes.

O maior erro que muitos aquaristas cometem é não observar estes detalhes superimportantes, esquecem que a fertilização é parte do cuidado com as plantas e após algum tempo acabam por ver suas plantas definhando ou não evoluindo de maneira satisfatória.

Mas como devemos fazer a fertilização? As vezes os aquaristas são levados a seguir as indicações da embalagem que indicam a quantidade que devem ser ministradas, mas nem sempre isto é o correto.

O aquário plantado deve ser testado semanalmente em busca de qualquer variação em seus parâmetros químicos, durante a testagem é que você irá descobrir que tipo de nutriente o seu aquário está necessitando.

Assim você poderá fornecer as plantas os nutrientes adequados, ao invés de acrescentar apenas por achar que é necessário e acabar colocando produtos em excesso, afetando o equilíbrio do aquário.

Infelizmente os testes mais eficazes que temos no mercado são de origem externa, o que demanda um alto investimento, mas se você tiver condições de adquirir um bom kit, ele te dará maior segurança e acertabilidade nas medições.

Como em tudo existe a exceção à regra, sabemos que muitos aquaristas conseguem belos aquários com o mínimo de testes, mas como já dissemos, é a exceção, acho que não vale a pena correr o risco se você pretende obter um belo aquário plantado.

Aquários tipo Holandês são conhecidos pela extrema beleza e plantio exuberante, mas para conseguir um desenvolvimento adequado, é necessário um pouco mais de investimento, primeiro em um substrato de qualidade, fertilizantes para as raízes e folhas, CO², Iluminação adequada, Filtragem eficiente, entre outros, nestes aquários a testagem deve ocorrer periodicamente para evitar qualquer desequilíbrio que venha afetar o ambiente.

Mesmo aquários de baixa demanda, conhecidos como Low Tech, devem ser testados periodicamente, pois embora as plantas sejam menos exigentes, elas necessitam de cuidados básicos para manter sua beleza e saúde.

Hoje no mercado nacional já temos diversos fertilizantes e substratos excelentes que nos ajudam a obter o sucesso desejado em nossos plantados, busque testar as marcas que mais se adequam as suas necessidades e tenho certeza que com os testes e os fertilizantes corretos você terá sucesso.

Steatogenys duidae

Conhecido popularmente como sarrapó ou sarrapu, este peixe de aparência exótica é encontrado em algumas regiões da Colombia, Brasil e Venezuela. Pertencente a família Hypopomidae este peixe atinge uns 20cm de comprimento, tem um comportamento pacifico mais é um peixe predador e deve ser mantido junto com peixes de tamanho igual ou maior para não virar petisco.

 Necessita de um aquário com espaço para nadar e algumas tocas para ficar escondido durante o dia, PH 6,0 a 7,2 e temperatura de 23º a 28ºC.  

Apresenta um corpo alongado ideal para caçar entre rochas, troncos e plantas, não tem nadadeira dorsal e a anal é alongada como um chicote, possui a capacidade de emitir pequenos choques elétricos que é utilizado para caçar e acasalar.

De hábitos noturnos o aquário deve ter substrato arenoso e com iluminação fraca, muitas rochas e raízes ajudarão a manter um ambiente mais familiar para o peixe, a agua deve ser bem oxigenada.

Devemos ter no mínimo uns seis exemplares para que o peixe não se sinta intimidado e fique sem se alimentar, outro cuidado é com mudanças bruscas nos parâmetros físicos e quimicos do aquário já que o peixe é sensível a estas mudanças.

É uma espécie ovípara, não temos informações sobre a ocorrência dela em cativeiro e na natureza não se conhece os detalhes de como ocorre, em relação a alimentação, ele é onívoro com predileção a alimentos vivos, é um belo exemplar para aquários amazônicos.

Montando Troncos

 Para os amantes do aquário natural, o uso de troncos ou raízes fazem parte da montagem e não podem faltar na criação do layout, sabemos que além de trazer beleza o uso do tronco também tem propriedades uteis dentro do aquário.

Auxiliando na manutenção do PH ácido o tronco também traz segurança para algumas espécies, ponto de desova e principalmente para os cascudos que o utilizam como habitat.

Os melhores troncos geralmente encontramos nas lojas especializadas, que importam raízes e adquirem troncos que são próprios para se usar em aquários.

Não podemos simplesmente pegar uma raiz ou tronco e colocar em nosso aquário, já que nem toda espécie é indicada para o uso no aquarismo, alguns alias, são altamente venenosos em ambientes fechados como o aquário e podem matar os peixes em poucos dias.

Uma opção barata e muito utilizada pelos aquaristas é o tronco de goiabeira que é encontrado em todo país e após tratado pode ser utilizado em nossos aquários.

Hoje vou mostrar uma forma simples e bem legal de criar variações de forma em seus troncos, vamos lá.

Na imagem acima, temos o tronco pronto para ser trabalhado, aqui ele já está seco e tratado para que todo o excesso de tanino seja eliminado.

Nas imagens acima, você pode notar que eu fiz um furo no fundo do tronco e coloquei uma pequena cavilha de madeira muito utilizada por marceneiros na fabricação de móveis, fácil de encontrar em qualquer loja de madeiras.

Aqui no tronco principal eu fiz pequenos furos com a furadeira, neste local irei anexar os "braços" do tronco para criar novas formas na madeira.

Observe os "braços" anexados no tronco principal.

Aqui temos o tronco já finalizado, fazendo desta forma eu posso criar diversos formatos para adaptar o tronco dentro do aquário, isto também pode ser feito com raízes, só que ao invés de cavilhas, você poderá utilizar cola para dar formato as raízes conforme sua criatividade.

Hyphessobrycon cyanotaenia

Este lindo tetra é mais uma das jóias que todo amante dos aquários plantados deve ter em seu plantel, encontrado na bacia Amazônica, mede cerca de 3,7 cm e pode viver até 5 anos, gosta de aquários com bastante vegetação, iluminação moderada, PH 5.5 e temperatura tropical.

Deve viver em cardumes de 10 ou mais exemplares, o substrato pode ser arenoso e você pode colocar algumas folhas para que a água se mantenha mais acida, nestas condições o peixe irá mostrar todo seu belo colorido.

Como de tudo, na natureza se alimenta de pequenos insetos e outros animais que encontra em seu ambiente, no aquário pode ser oferecido alimentos flocados e artêmias, é ovíparo e segundo alguns criadores as fêmeas após serem fecundadas depositam seus ovos entre plantas e substrato.

Os ovos eclodem em até três dias e nadam após 48hs, os pais não cuidam dos filhotes, por isto devem ser retirados imediatamente, ainda é raro no mercado nacional.

Nutrientes, deficiência e excesso.

 O excesso ou a deficiência de nutrientes em nossos aquários, podem ser prejudiciais aos peixes e as plantas, por exemplo, as plantas não têm um controle sobre a quantidade de nutrientes que serão absorvidos, o excesso será prejudicial e afetará as células das plantas que por sua vez afetará toda a planta, levando-a a sua morte.

Balanceando de forma correta a adição dos nutrientes você irá garantir um equilíbrio que será fundamental para o sucesso do seu aquário, mas a maior dificuldade está em saber como manter este equilíbrio, para isto será necessário observar a saúde de suas plantas para saber como efetuar a melhor nutrição.

A deficiência pode ser observada de diversas formas, como a queda de folhas, manchas, pontos escuros ou claros, etc. um bom indicador para você saber se há excesso ou falta é observar o crescimento da planta, quando o crescimento é muito lento e a planta apresenta folhas muito pequenas isto pode ser falta de algum nutriente, agora quando há excesso, a planta pode ter um crescimento rápido porem não saudável, como folhas muito espassadas, caule muito comprido e fino, etc.

As plantas absorvem os nutrientes e armazenam em suas células, por isto, quando há excesso, o mesmo se tornará toxico para a planta, causando problemas em seu desenvolvimento.

Um acumulo de ferro, por exemplo, irá causar pequenos pontos marrom nas folhas das plantas, deixando-as frágeis, com o tempo as células desta área irão morrer e causará a perda da parte afetada da planta.

Para evitar isto, devemos seguir à risca as orientações do fabricante quanto a administração do nutriente em nossos aquários, já que qualquer falta ou excesso será prejudicial ao ambiente.

A palavra chave é equilíbrio, devemos manter um nível equilibrado de CO², Luz, nutrientes, TPAs, etc, assim poderemos atingir o sucesso na criação de uma bela floresta subaquática.

Guianacara geayi

Mãos ao alto! Este lindo ciclídeo com certeza irá roubar sua atenção, conhecido como Cará ou Acará bandido o Guianacara geayi é originário da bacia Amazônica e partes da América do Sul, de temperamento pacífico é ideal para aquários Amazônicos e companheiro ideal para Discos, Bandeiras e outros ciclídeos de mesmo temperamento.

Atinge cerca de 9 cm é encontrado nos rios Aproak e Oiapoque, Guiana Francesa e Brasil, respectivamente, gosta de PH neutro, temperatura de 24ºC a 28ºC e alimentos vivos.

A circulação da água do aquário deve ser lenta, substrato arenoso com algumas rochas grandes e troncos, que formarão o ambiente ideal para o peixe, é ovíparo e desova em pequenas cavernas ou folhas, os ovos eclodem em até 78hs e os pais são excelentes cuidadores mantendo o perigo longe do ninho e dos filhotes após a eclosão dos ovos.

Os machos são maiores e mais coloridos e apresentam a nadadeira dorsal mais alongada do que as fêmeas, sua alimentação deve ser composta por alimentos vivos e flocados, em seu habitat se alimenta de pequenos insetos, crustáceos entre outros, por isto a alimentação de origem animal nunca deve faltar.

Pollimyrus nigripinnis

A natureza tem seres incríveis, alguns possuem uma beleza espetacular, outros uma aparência peculiar e alguns são um tanto bizarros, quero apresentar para vocês uma espécie peculiar e bem interessante, trata-se do P. nigripinnis, originário do médio rio Congo este peixe pertence a família Mormyridae que é conhecida por nos brindar outros peixes elefantes.

Atinge cerca de 12cm é um peixe de hábitos noturno e gosta de caçar pequenos peixes e invertebrados através de seu campo elétrico, não possui a “tromba” que é característica da família, deve ser mantido em um aquário grande e sozinho, o aquário pode ter bastante plantas, rochas e raízes, porem deve ter um amplo espaço para natação.

O substrato deve ser de areia fina para que o peixe não se machuque ao escavar em busca de alimentos, as condições do aquário devem ser: temperatura de 22º a 26ºC, PH 5,0 a 7,0 e DH 15-19º.

Devemos fazer TPAs periodicamente para manter a boa qualidade da água e verificar os parâmetros físicos-químicos para evitar alterações bruscas, a alimentação do peixe deve ser viva e bem pequena já que o peixe possui boca bem pequena, alguns aquaristas também oferecem rações congeladas.

Seu dimorfismo sexual é desconhecido, assim como sua reprodução, eu fiz diversas pesquisas e não encontrei nada sobre o assunto, é um peixe raro no mercado brasileiro, só tive a oportunidade de vê-lo uma vez, e digo, ele é incrível.

Biótopos mais populares no aquarismo

Com a evolução do aquarismo nos últimos anos, alguns aquaristas tem se especializado em criar ambientes similares ao ambiente natural de onde vem seus peixes, já existe até concurso a nível mundial sobre aquários biótopos, onde os mais fiéis são premiados.

Hoje vamos descrever aqui os tipos mais populares de biótopos conhecidos no aquarismo, onde você pode se inspirar e criar o seu layout.

Água escura / Blackwater – o aquário de água escura é inspirado no ambiente do Rio Negro e outros rios Amazônicos do mesmo tipo, os peixes que habitam este ambiente são: Bandeiras, neons, coridoras, rodóstumos, etc.

As plantas mais comuns encontrada neste ambiente são: Cabomba, Echinodorus Tellenus, Hydrocotyle leucocephala, etc.

O substrato é formado por areia fina, você também encontrará muitos troncos no local, umas das mais famosas características do biótopo Blackwater é a água cor de chá, rica em tanino.

Lagos Africanos – com peixes de colorido intenso e alguns bem territorialistas, os ciclídeos africanos possuem uma beleza espetacular e dentro do aquarismo tem conquistado muitos fans.

Inspirados nos lagos Tanganika e Malawi, os aquários para estes peixes precisam de um cuidado especial, já que possuem parâmetros de água bem diferenciado dos aquários de água doce, seus parâmetros são mais parecidos com aquários marinhos, ou seja, PH acima de 7, DH entre 8.1 a 8.5, o sistema de filtragem deve ser muito eficaz pois a amônia é altamente toxica em aquários com PH alcalino.

Os peixes mais comuns para este aquário são: Mbunas, Peacocks, Synodontis, etc. não possuem plantas, a decoração é feita com muitas rochas criando tocas e outros esconderijos para os peixes.

O substrato é formado por areia ou pedras bem finas, alguns aquaristas ainda acrescentam corais para manter a alcalinidade da água sob controle.

Água branca / Whitewater – baseado em alguns rios do ambiente Amazônico que possuem águas cristalinas, os aquários deste biótopo possuem amplos espaços abertos, águas com grande fluxo e bem oxigenada.

Os peixes que são encontrados nestes locais são: Geophagus, Oscars, Tetras, etc. as plantas mais comuns encontradas são: Lilaeopsis, Myriophyllum, entre outras.

O substrato é formado por areia ou pedras pequenas, a decoração pode ser feita com muitos troncos para criar ambiente de refugio para os peixes.

Águas cristalinas / Clearwater – este biótopo é inspirado em rios da Índia, que são densamente plantados e possuem muitas rochas e troncos, por isto o substrato para seu aquário deve ser bem rico para reproduzir este ambiente.

Os peixes encontrados são: Danios, barbos, gouramis, etc. as plantas mais comuns são: Rotalas, Aponogeton, Blyxa, etc.

O substrato pode ser formado por areia ou pedras pequenas com muitas rochas e troncos.

Estes são os biótopos mais comuns, mas você pode se inspirar nos rios da sua região, nosso país tem rios espetaculares que nos darão grandes inspirações e você pode se inspirar neles para criar seu aquário biótopo.

Coridora CW045

Eu sou um amante das coridoras, estes peixes graciosos e belos estão sempre fuçando o aquário em busca de alimentos com seu revirar de olhos e ocasionais subidas a superfície para respirar.

São peixes que devem ser mantidos em cardumes de no minimo 10 peixes, para que sintam-se seguros e possam manter sua naturalidade no aquário.

Hoje quero apresentar a vocês, o que ao meu ver é a mais bela espécie de coridora que eu já vi, trata-se da Coridora sp CW045, ela mantém este código pois ainda não foi classificada e não recebeu um nome cientifico.

É um peixe belíssimo, encontrado no rio Jutai na região Amazônica Brasileira, possui a cabeça preta com uma faixa dourada, que dá um destaque maravilhoso no animal, o corpo é preto-azulado e as nadadeiras tem um tom acinzentado .

Ainda não é frequente nas lojas de aquários, mas estamos torcendo para que possamos encontra-la em breve nas grandes lojas de aquarismo, sabemos que muitos aquaristas alemães já conseguiram reproduzi-las em cativeiro, espero que os Brasileiros também sigam o exemplo e assim possa oferecer o peixe sem depredar o habitat natural.

Poecilia Parae

Conhecido como guarú do Pará, este lindo e dócil Poecilídeo é mais um dos peixes que são indicados para iniciantes no hobby, de fácil criação e reprodução, ele é criado em todo o país onde possui sua legião de fans que adoram criar e reproduzir peixes desta família. 

Encontrado desde a Guiana até o delta do rio Amazonas, este lindo peixinho atinge uns 5 cm quando adulto, vive cerca de 2 anos e habita em ambientes com PH 7.0 a 7.6, dureza 4 a 10, temperatura 24ºC a 28ºC.

Encontrado em pequenos pântanos e riachos de águas calmas e muita vegetação, ele é um ótimo controlador de larvas de mosquito, já que se alimenta delas, por isto é comum ser criado para controle de pragas como a dengue.

Possui um corpo alongado e nadadeiras arredondadas, boca pequena e voltada para cima, os machos são de cor prata escura com alguns tons de

verde e pequenas manchas pretas, criando belos padrões, a nadadeira é cinza transparente.

O aquário de criação da espécie pode ser de 60 cm a 80 cm, deve ter preferencialmente água salobra com PH alcalino, o substrato deve ser arenoso e com plantas flutuantes para deixar o ambiente bem sombreado e agradável.

São pacíficos e facilmente reproduzidos, você deve manter um macho para cada 3 fêmeas, são vivíparos com fecundação interna, os alevinos nascem com o saco vitelino e se você manter os pais bem alimentados e um aquário com bastante plantas flutuantes que sirva de abrigo, eles podem ficar no mesmo aquário, uma ótima planta para isto é o musgo-de-java ou a Cabomba. 

Os machos são menores que as fêmeas e mais coloridos, são onívoros e você deve oferecer regularmente alimentos vivos para que o peixe mantenha seu belo colorido, alguns aquaristas cruzam espécies de diferentes formas e padrões para conseguir novas linhagens.

Equipamentos utéis

O aquarismo tem evoluído muito nestes últimos anos aqui no Brasil, me recordo que em meados dos anos 80 quando comecei no hobby, havia pouquíssimas inovações disponíveis no mercado de aquarismo, Kits de CO², filtros canister, filtros Hang-on, luminárias, etc. tudo isto era novidade, coisas que só víamos em revistas gringas, os produtos nacionais eram em sua maioria bem simples e com pouca eficácia.

Meu primeiro aquário foi um pequeno barril de plástico de 5 litros, onde criava barrigudinhos e cascudos que pegava no rio da minha cidade, depois de um tempo ganhei um aquário de 30 cm com uma bomba de ar da vigo-ar, lembra-se desta marca? Uma das primeiras que conheci no mercado aquarístico nacional.

Hoje temos uma infinidade de produtos que ajudam em nosso hobby, e através dos sites de compra, estas possibilidades ficam limitadas ao nosso orçamento.

Quero listar alguns produtos interessantes que podem ser muito úteis dentro do nosso hobby.

Capsula de cultivo para artêmia – vi uma de origem Alemã, que facilita a eclosão das artêmias que muitos aquaristas gostam de criar em sua casa para alimentação de alevinos, não necessita conexão com bombas de ar, o que torna seu uso mais simples, ainda não vi em lojas de aquarismo aqui em São Paulo.

Limpador Magnético – útil para ser utilizado em grandes e pequenos aquários, assim você evita de colocar a mão dentro do ambiente o que pode causar danos, no mercado existem várias marcas de variados preços que pode caber em seu orçamento.

Extrator de superfície – este produto é super útil já que ele elimina aquela nata que pode aparecer na superfície do aquário impedindo a entrada da luz de forma eficiente, conectado ao sistema de filtragem ele irá sugar as impurezas da superfície e manter a camada superior limpa.

Existe no mercador versões simples e outras mais Hi-techs, vale a pena investir em uma.

Compressor de ar a pilha – item indispensável para qualquer aquarista, é muito importante, pois caso haja uma falta de energia ou qualquer outro problema, este tipo de compressor irá garantir o básico da vida aquática em seus tanques, vale a pena o investimento, já que não são caros.

Hyphessobrycon Peugeoti

Descoberto nos afluentes do rio Juruena afluente do Tapajós, este peixe é uma homenagem a família Peugeot, que 1842 liderou um projeto de reflorestamento na Fazenda São Nicolau em Mato Grosso, onde este peixe foi descoberto.

Seu habitat é localizado em uma região que sofre forte pressão do desmatamento, vive em riacho de substrato arenoso e com bastante vegetação, seu aquário deve reproduzir estas características para que o peixe se sinta mais confortável.

De cor vermelha e barbatanas alongadas nos machos ele é muito confundido com outra espécie de caracídeo o H. loweae que é encontrado na bacia do Xingu.

Na natureza se alimenta de pequenos insetos, larvas e outros alimentos que são encontrados em seu ambiente, no aquário devemos oferecer artêmias, tubifex e também ração em flocos.

Sua reprodução é desconhecida, mas deve ser parecido com de outros caracídeos, ou seja, são disseminadores e não cuidam dos filhotes, ainda é raro de ser encontrado nas grandes lojas de aquarismo.

Seu aquário deve ter PH ácido, bastante plantas, temperatura tropical e iluminação moderada, gosta de viver em cardumes de 10 a mais peixes, que com seu colorido irá deixar o aquário ainda mais belo, vale a pena conhece-lo.

  

Hyphessobrycon Wadai

O Brasil possui uma das mais ricas biodiversidades do mundo, a bacia Amazônica possui espécies que até hoje são desconhecidas pela ciência e todo ano peixes novos são descobertos pelos cientistas que exploram a região.

Dentro dos milhares de igarapés que existem na região, espécies espetaculares vivem e se reproduzem todo ano e as vezes temos a sorte de conhecer algumas destas belíssimas espécies.

Infelizmente com a destruição avançada da região pelo desmatamento, construções de barragens e a exploração mineral que envenena rios e córregos, muitos peixes serão extintos sem serem conhecidos e estudados pela ciência, por isto devemos preservar e lutar pela preservação destes ambientes, pois o futuro da humanidade está na floresta, à cura de muitas doenças está lá, esperando ser descoberta.

Hoje vamos conhecer uma linda espécie que ainda não é muito comum em nossas lojas, trata-se do Hyphessobrycon wadai, um peixinho lindo de até 5 cm de comprimento, pacifico e que gosta de viver em cardumes.

Pertencente a família Characidae este lindo peixinho recebeu este nome em homenagem ao criador Luiz Wada, que através do seu trabalho trouxe esta espécie ao conhecimento dos aquaristas do mundo.

Ele é ideal para aquários plantados, encontrado na bacia do rio Tapajós, vive em águas claras e de corrente rápida, alimentando-se de algas, pequenos insetos, larvas e outros.

Possui um belo colorido que dá um grande destaque ao peixe, gosta de viver em cardumes de 10 a mais peixes, PH 6.0 a 7.0, temperatura tropical e água mole a média.

De fácil manutenção, no aquário devemos ter bastante plantas, fornecer alimentos vivos para aumentar sua coloração e beleza, infelizmente os poucos exemplares que chegam ao mercado nacional costumam possuir alto preço, mais vale a pena ter este lindo peixe em seu aquário.

Sua reprodução não é muito conhecida no ramo aquarístico, alguns criadores mais experientes têm conseguido sua reprodução, mas ainda não sabemos as condições necessárias para obter sucesso em sua reprodução.