29 julho 2019

Bactérias nitrificantes


A filtragem biológica é um dos aspectos mais importantes na manutenção da vida aquática em nossos aquários, geralmente no inicio do hobby muitos aquaristas desistem, porque ao não conhecer os aspectos físicos e químicos do aquário, perdem uma quantidade grande de peixes o que os levam a desistência devido a frustração.

Segundo pesquisas 60% dos peixes comprados no primeiro mês morrem e isto leva ao que chamamos de “síndrome do tanque novo”, porque isto ocorre? Bem os peixes são envenenados pelos altos níveis de amônia (NH3) que é produzida pela mineralização dos dejetos dos peixes, excesso de alimentação entre outros.

Os efeitos no peixe são: dano nos tecidos como brânquias e rins, desequilíbrio físico, perda da resistência, falta de apetite e morte.

O Nitrito (NO2) também é prejudicial pois envenena os peixes não permitindo que os glóbulos vermelhos troquem o oxigênio.

Para se ter sucesso no hobby o aquarista iniciante deve buscar informações, por isto na maioria das vezes o aquário é montado e após 30 ou 90 dias os peixes são acrescentados, assim todo o ciclo do nitrogênio é completado e os animais não sofrerão nenhum dano pois o aquário já estará biologicamente pronto.

As bactérias necessitam de algumas condições para se desenvolverem como a temperatura entre os 25ºC a 30ºC, são sensíveis a iluminação forte e radiação ultravioleta, por isto o uso destes filtros não é indicado.

Durante as trocas parciais você deve observar cuidadosamente a água que estará entrando no aquário, ela deve estar tratada com todos os parâmetros físicos e químicos, de forma a não comprometer o equilíbrio do aquário saudável e desta forma causar um desequilíbrio que pode ser fatal.

Evite a todo custo tratar os peixes doentes no aquário principal, sabemos que a maioria dos medicamentos podem matar a colônia inteira das bactérias nitrificantes, por isto, tenha sempre um aquário de quarentena para tratar os animais e plantas doentes.

15 julho 2019

Anableps anableps - Quatro olhos


Este com certeza está entre os peixes mais estranhos e bizarros que já vi, pertencente a família Anablepidae da ordem dos Cyprinodontiformes, é encontrado entre Trinidad e Tobago, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, delta do rio Parnaíba até a borda dos estados do Maranhão e Piauí.

Vive em manguezais de água salobra onde se adaptou para seguir o fluxo das marés, seus olhos de forma tão peculiar permitem que o animal visualize suas presas dentro ou fora d’água.

Vive em ambientes de estuários onde a temperatura gira em torno dos 28º C, PH de 7.0 a 9.0 pois nestes ambientes de água salobra a variação pode ocorrer para cima e para baixo com as mudanças de marés.

Na natureza atinge uns 30 cm, em aquários geralmente não passa dos 20 cm, deve ser mantido em um aquário grande, com um substrato bem parecido ao ambiente natural do peixe, ou seja, um manguezal, com muitos troncos e rochas, deixe alguns troncos expostos na superfície para dar uma aparência mais natural.

É um exímio saltador, por isso mantenha o aquário bem fechado, a iluminação deve ser moderada e você deve observar a salinidade da água mantendo entre 1005 e 1015.

É um peixe de difícil manutenção em aquários e só é indicado para aquaristas experientes, é carnívoro e na natureza se alimenta de peixes menores, caranguejos pequenos, insetos etc. por isto, sempre tenha alimentos vivos em sua dieta, como artêmias, minhocas, moscas, etc.

São peixes vivíparos, as fêmeas são maiores que os machos e sua reprodução é muito parecida com a dos poecilídeos. As fêmeas geram cerca de 10 filhotes que ao nascerem já estarão aptos para nadarem pelo ambiente.

É muito difícil de ser encontrado nas lojas de aquário, talvez pela dificuldade de se manter em cativeiro esta espécie tão peculiar.