The winter is coming!

 Somos um país tropical de clima quente e com invernos não tão rigorosos como vemos no hemisfério norte, porem ainda assim devemos nos preocupar com a chegada do inverno em nossos aquários.

A queda da temperatura pode trazer grandes problemas em nossos aquários, por isto, é de extrema importância o uso de aquecedores em nossos tanques, alguns aquaristas possuem aquários em ambientes externos o que demanda um cuidado maior em relação a temperatura, a maioria que possuem seus aquários dentro de casa também devem ter em mente as necessidades de aquecimento.

Os peixes tropicais em seu ambiente natural possuem tocas, se enterram na areia e tem outras formas de se protegerem do frio, o aquário com sua limitação não oferece este tipo de ajuda e ao sofrer com o frio o peixe irá fatalmente desenvolver algumas enfermidades e até a morte.

Sabemos que muitos dos nossos peixes são originários da Amazônia, onde a temperatura média está entre 25º a 28ºC, agora imagine um aquário no sul do país durante o inverno, onde as temperaturas podem chegar em 8ºC ou até menos?

Hoje existe no mercado infinitas opções de aquecimento para aquários, desde aquecedores simples aos mais sofisticados, o que o aquarista deve levar em conta é qual deles será o ideal para seu tanque, obedecendo o tamanho do aquário para não superaquecer o mesmo ou ser insuficiente.

Uma ótima opção são os aquecedores de substrato, estes ficam abaixo do substrato do aquário e são colocados de forma que todo o fundo fique ocupado, garantindo um aquecimento por igual.

Este modelo de aquecedor não é muito comum aqui no Brasil, eu mesmo só vi a venda uma única vez em uma loja, os mais comuns são os famosos tubinhos de vidro com areia ou os termostatos eletrônicos.

Os termostatos são mais indicados por permitir um controle da temperatura de forma automática, basta você programar e deixar que o resto ele fará, ligando e desligando automaticamente, me recordo quando iniciei no aquarismo e não tinha condições de ter um termostato, era um sacrifício ficar observando a temperatura toda hora e ligando e desligando o aquecedor!

Fique atendo em relação a tampa do aquário, alguns não possuem e isto pode ser um pouco problemático durante o período de frio, já que haverá uma evaporação maior e a temperatura poderá sofrer variações mais frequentes.

Corydoras Kanei

 O mundo dos chamados peixes gatos tem espécies incríveis e muitas ainda desconhecidas, também existem aquaristas que são apaixonados por estes peixes e se dedicam a criar e reproduzir estas espécies que são realmente muito especiais.

Hoje quero apresentar mais uma linda Coridora que irá abrilhantar seu aquário, trata-se da Corydora Kanei.

Relativamente nova ela só foi descrita em 1998, vive na bacia fluvial do rio Branco em Roraima, atinge cerca de 4 cm e é uma espécie robusta e bem sociável devendo viver em cardumes.

As condições do aquário para manter este lindo peixe devem ser as seguintes, PH de 6.0 a 6.8, dureza de 4 a 8ºdgH, e temperatura tropical, solo arenoso é o mais indicado para qualquer coridora e áreas com sombras e troncos caídos, você pode também colocar algumas folhas de amendoeira no substrato.

Como toda coridora ela é onívora, procure oferecer alguns alimentos vivos e ração de ótima qualidade para peixes de fundo, sua reprodução é difícil de conseguir mais se você for paciente e persistente obterá sucesso.

Os pais não cuidam dos alevinos, por isso devem ser retirados do aquário assim que colocarem os ovos, as fêmeas são ligeiramente maiores que os machos e mais redondas.

Procure ter um cardume de dez ou mais peixes, assim você poderá usufruir da incrível beleza deste peixe.

 

Decoração natural em aquários

Você já teve a oportunidade de fazer um mergulho em algum rio ou lago de água doce? Ou já observou atentamente como é o substrato dos rios e lagos etc.?

Estive observando um lago que existe em minha região e que possui águas um tanto cristalinas e observando o fundo do lago vi como era seu substrato e as “decorações” que ali estavam, pensei, será que podemos imitar este fundo em nossos aquários?

O fundo do lago continha muitas folhas mortas, galhos, plantas e alguns frutos duros e secos que haviam caído de alguma arvore próxima e afundado, compondo o meio ambiente.

Observando isto, imaginei como seria se optasse por uma decoração natural? Ou seja, uma decoração mais bruta, diferente do habitual que é mais cosmética com itens cuidadosamente colocados, pedras escolhidas a dedo e perfeitamente alinhadas etc.

Pesquisando na web, vi que existem muitos aquaristas que optam por esta escolha, criam aquários onde buscam imitar com perfeição o ambiente onde seus peixes habitam.

Neste artigo vamos mostrar alguns itens que podem ser adicionados em seu aquário e que lhe ajudará a criar um ambiente mais natural para seus peixes, camarões e outros.

Galhos e troncos – estes itens são superimportantes em qualquer aquário natural, para criar um ambiente mais natural, procure quebrar os galhos e troncos ao invés de serrá-los, assim o formato ficará mais natural com imperfeições e formas diferentes, como são normalmente encontrados na natureza.

Folhas- ótima opção para aquários é a Amendoeira, Terminalia catappa,esta planta é muito utilizada em aquários por suas propriedades bactericidas e fungicidas, assim como os troncos elas liberam ácidos húmicos e taninos que ajudam a manter o PH acido, ideal para peixes amazônicos, também absorvem substancias químicas que podem causar danos aos peixes.

Castanha do Pará – infelizmente é difícil de encontrar nas capitais do Sudeste o fruto da castanha do Pará, o que encontramos são as sementes, ou seja, as castanhas. A Bertholletia excelsa é uma ótima opção para aquários amazônicos, já que muitos peixes utilizam o fruto como habitat ou local de reprodução, você pode substituí-la pelo coco, Cocos nucífera, tirando sua casca e utilizando a parte dura, outra opção é o fruto da sapucaia Lecythis sp.

Mexilhões de água-doce – existem alguns mexilhões de água-doce que podem sem usados na decoração, o mexilhão Margaritifera margaritifera é utilizado por muitos aquaristas, porem você deve ficar atento ao PH dos peixes que habitarão no ambiente decorado com as cascas deste mexilhão.

Rochas – as rochas para aquários de agua doce devem ser preferencialmente não calcárias, a não ser que você tenha peixes de PH alcalino em seu aquário, para peixes de PH ácido elas não podem ser utilizadas, existe um truque para saber se a rocha é calcária ou não, basta você pingar algumas gotas de vinagre ou o ácido clorídrico, se a rochas espumar ela é alcalina, na falta de ambos, coloque as rochas em um balde, faça o teste de PH antes e alguns dias depois e veja se houve alteração.

Lembre-se de sempre limpar e desinfetar cuidadosamente tudo aquilo que você coletou ou comprou antes de colocar no aquário, assim evitará danos ao meio ambiente.

Spatuloricaria caquetae

Encontrado no Equador, Peru e Colômbia este lindo Loricarideo é ideal para aquários grandes e para quem ama estes peixes de beleza única.

Atinge cerca de 30cm de comprimento é onívoro e gosta de viver em ambientes com temperatura tropical e muitas tocas para se esconder, procure manter um ambiente parecido com o que o peixe encontraria na natureza para que ele se sinta confortável e seguro.

Possui uma coloração marrom claro com tons mais escuros e manchas pretas o que lhe confere uma ótima camuflagem no substrato, o mesmo deve ser de areia fina sem a presença de pedras pontiagudas para não machucar o peixe.

Os machos da espécie apresentam pequenos odontódios pontiagudos que os cientistas acreditam que seja para proteção, é territorial com outro da mesma espécie, por isto deve ser mantido em aquários grandes onde poderão delimitar seus espaços sem entrar em conflitos.

Na natureza é encontrado em rios de águas claras e calmas, com temperatura em torno dos 28ºC, ofereça ao peixe alimentos próprios para cascudos e sempre que possível algum alimento a base de carne.

Como você já deve ter notado o aquário para este peixe deve ser grande, no mínimo uns 2 metros, com bom sistema de filtragem e ótima oxigenação, a diferença entre macho e fêmea é facilmente visualizada.

Os machos possuem os odontes em sua cabeça e são maiores que as fêmeas, elas por sua vez são mais roliças e possuem a cabeça lisa, não se tem conhecimento de sua reprodução em aquários.

* Imagens Obtidas da internet

Algas

As algas são elementos superimportantes para a vida na terra pois elas servem de alimento tanto para serem aquáticos como para humanos.

Sabemos que em nossos aquários elas estão presentes de diversas formas e o problema é quando elas saem do controle espalhando-se por todo o ambiente.

A presença de algas no aquário pode nos indicar diversos fatores se soubermos observar com atenção, por exemplo, a falta de nutrientes ou o excesso deles, iluminação excessiva, excesso de alimentos, etc.

Um aquário não está totalmente livre de algas, muitas delas são microscópicas e não podemos ver a olho nu, mas isto não quer dizer que o aquário esta livre delas por mais limpo que esteja e a presença de algumas algas não quer indicar que existam problemas no aquário.

Na montagem do aquário é normal o surgimento de algas, já que o aquário não atingiu o equilíbrio necessário, muitos aquaristas para evitar a dor de cabeça colocam plantas em excesso para que as mesmas possam competir com as algas pelos nutrientes e assim evitar o excesso de algas, plantas de crescimento rápido são ótimas para esta função.

Porque as algas surgem? O desequilíbrio nutricional é a principal fonte, as algas se aproveitarão do desequilíbrio para crescer e expandir sobre todo aquário.

Antigamente tínhamos a informação de que o fosfato e o nitrogênio eram os facilitadores para as algas, porem após diversos estudos se notou que estes nutrientes são essenciais para as plantas e caso haja falta, as plantas não crescerão adequadamente, já em excesso aí sim, serão facilitadores das algas, por isto a importância dos testes como já publicamos anteriormente.

Existem diversos tipos de algas, vejamos as mais comuns que habitam em nossos aquários e que tiram o sono de muitos aquaristas.

 

Alga ponto verde – pertence a família Coleochaete são algas que crescem geralmente no vidro do aquário e também nas plantas de folhas largas e outras decorações.

São mais comuns em aquários bem iluminados e a principal causa da sua aparição é o excesso de nitrato ou a falta de fosfato, são difíceis de remover dos vidros e a melhor forma de fazer isto, é raspando com um estilete ou navalha.

Para eliminar esta alga, você deve fazer grandes trocas parciais, reduzir o fosfato e limpar as mídias filtrantes com mais regularidade, os caracóis Clithon sp e Neritina sp são ótimos combatentes para este tipo de alga.

 Alga verde filamentosa – são muito comuns em aquários de água doce, geralmente tomam a forma de grandes filamentos que cobre plantas, substrato e outros objetos.

A principal causa da aparição desta alga se dá pelo excesso de fosfato, iluminação em excesso, desequilíbrio nos níveis de CO², entre outros fatores. Geralmente não apresentam dificuldades em removê-las do aquário e um grupo de Caridinas irá ajudar a mante-las sob controle, mas lembre-se em fazer a correção dos níveis de fosfatos para não sair do controle novamente.

Em aquários recém-montados elas podem aparecer com mais frequência, para evitar basta colocar um numero grande de plantas que irão competir com as algas e evitar sua aparição em demasia.

 Algas petecas – existem que a ama e quem a odeia, conheci diversos aquaristas que amavam ter estas algas em seus aquários, pois davam uma aparência mais natural a suas montagens, são algas que se fixam fortemente nas plantas, pedras, etc e dificilmente você conseguirá remove-las.

Geralmente surgem em aquários com excesso de peixes e poucas plantas e também pelo excesso de material orgânico na água.

Para elimina-las a melhor opção é adquirir um removedor próprio para algas petecas, alguns aquaristas utilizam água oxigenada que também ajudam a elimina-las, mas eu aconselho a adquirir produtos específicos para não correr o risco.

Caso você venha a desmontar todo o aquário, você pode utilizar água sanitária para deixar os objetos atingidos de molho, em pouco tempo elas morrerão, porém, não se esqueça de lavar bem os itens depois em água corrente.

Betta channoides

Um dos peixes mais conhecidos e criados no mundo é o Betta Splendens, mas o gênero Betta contém mais de 73 espécies descritas e muitas outras ainda aguardando a classificação.

Hoje quero apresentar o Betta channoides também conhecido como beta cabeça de cobra, isto devido sua aparência que lembra muito os famosos peixes do gênero Channa.

Ainda não o vi nas grandes lojas de São Paulo, por isso não sei se já é comercializado no Brasil, fora do país ele atinge um alto valor.

A destruição das florestas tropicais da Indonésia para a produção de azeite de oliva tem causado danos irreversíveis ao ambiente onde o peixe é encontrado, deixado a espécie em grave risco de extinção.

Infelizmente não vemos a mesma pressão mundial em cima da Indonésia como eles fazem com a Amazônia Brasileira, e isto está levando a muitas espécies a beira da extinção.

O Betta channoides não requer condições especiais, gosta de água macia, com PH 4.0 a 6.5, temperatura 23 a 28º C, o aquário pode conter bastante plantas e algumas áreas livre para que o peixe possa nadar livremente, na natureza é encontrado em riachos com

água bem tranquila, por isso, evite usar uma filtragem muito forte.

Em relação a alimentação eles comem de tudo, ofereça alimentos especiais para Bettas e quando possível sempre ofereça alimentação viva.

Este peixe é uma ótima aquisição para quem ama e coleciona Bettas e irá impressionar pela sua beleza e facilidade na criação.